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Uma jornada vida para (e através) o Yoga e Rolfing®

Sabe quando você quer muito se livrar de certos padrões de pensamento, de comportamento, de relacionamentos, mas não consegue? Você faz terapia, medita, busca ajuda espiritual, faz tudo o que está ao seu alcance para superá-los. Mas aqueles padrões, que provavelmente cresceram com você, ou se “instalaram” em algum momento intenso da sua vida, continuam sempre ali.

Isso aconteceu muito comigo, até eu conhecer o Rolfing... Aqui vai um breve resumo da minha história:

Meu nome é Renata, tenho 43 anos, sou brasileira, natural de São Paulo, e vivo há 5 anos na Holanda com meu marido e minha filha. Quando minha filha nasceu, há 12 anos, eu fui diagnosticada com depressão pós-parto. A demora para aceitar o diagnóstico e iniciar o tratamento fez a depressão se intensificar cada vez mais. Quando finalmente aceitei o diagnóstico, o tratamento se mostrou bastante difícil e rigoroso, dado o estágio avançado em que já me encontrava.

Por quase 6 anos, lutei arduamente contra depressão profunda pelos métodos tradicionais: remédios e psicoterapia. E o tratamento foi eficaz de alguma forma – pelo menos, me manteve viva – mas, eu já não me reconhecia mais. Fiz várias tentativas de “desmamar” dos remédios, todas mal sucedidas. Eu já havia aceitado que essa seria a minha nova vida dali pra frente: dependente de remédios psiquiátricos para sobreviver de alguma forma.


Como o Yoga me ajudou a superar as crises de depressão

Um dia, caminhando pelo bairro, resolvi entrar em um estúdio de Yoga e me inscrever para uma aula experimental. Ali, a mudança começou: a forma como o Yoga trabalha corpo e mente me conectou de novo com o meu corpo, com o meu ser: sentir o meu corpo, sentir o pulso da minha respiração, a força interna que me sustentava em cada ásana... tudo isso me fez sentir viva novamente. Não apenas viva. Me revelou toda a potência de Vida que ainda havia em mim, mas que a depressão havia sufocado. Tudo isso me ajudou a viver o momento presente, a ser grata pelo que realmente importa, e a me desvencilhar de ressentimentos do passado e fantasmas do futuro.

Encantada por esse processo de Vida, me inscrevi em um curso de formação de Yoga. Eu queria saber mais sobre essa filosofia e tradição tão bonita e potente.

Um ano depois de me formar, me mudei para a Holanda com minha família, devido a uma oportunidade de trabalho para a carreira do meu marido. Nessa época, o Brasil estava vivendo um momento sócio-político extremamente conturbado e, por isso, sair de lá pareceu a melhor decisão que poderíamos tomar.

Como não podia ser diferente, essa mudança de país trouxe dezenas de novos desafios, mas vale destacar um deles: meu marido saía para trabalhar, minha filha ia para a escola, e eu me via diante da questão: “Ok, o que vou fazer da minha vida agora?”. Eu sabia que não seria possível exercer a mesma profissão que eu exercia no Brasil, onde eu era professora de Português no Ensino Elementar.

Até que um dia, compartilhando um pouco da minha história com novas amigas brasileiras que eu estava começando a conhecer por aqui, elas sugeriram: “Por que você não dá aulas de Yoga? Vai ser ótimo poder ter aulas de Yoga em português!”. Hum... “Por que não?”, eu pensei. E assim, comecei a dar aulas de Yoga para duas brasileiras na sala de casa, arrastando o sofá. Em pouco tempo a notícia se espalhou e, quando me dei conta, estava arrastando o sofá todos os dias para dar as aulas. Logo, foi preciso encontrar um espaço mais adequado para as aulas, mas então veio a pandemia. Alugar uma sala sem saber quando seria o próximo lockdown era inviável.

Então, por esses grandes gestos de generosidade que a Vida nos dá, encontramos uma casa com potencial para a construção de um estúdio no jardim, com entrada independente e tudo! Compramos a casa, começamos a obra. E aí, mais uma vez, eu me vi diante de um enorme desafio, talvez muito maior que os outros: empreender! Abrir e gerir um negócio, justo eu que vivia falando (e acreditava de verdade) que eu não tinha perfil empreendedor, que não tinha nascido para isso.

Eu não cheguei a adoecer de depressão novamente mas, nessa fase, um padrão depressivo e negativo começou a tentar me dominar novamente. Eu me vi tomada por uma insegurança crônica, que se tornava em transtorno de ansiedade diante dos desafios e, dessa vez, nem mesmo a Yoga estava conseguindo me ajudar. Na verdade, a Yoga e a psicoterapia me ajudavam a ir vivendo um dia após o outro sem sucumbir, mas a verdade é que eu não estava bem: os dias eram pesados, eu vivia tomada por indecisões, medos, e um sentimento de não ser capaz de realizar aquilo a que eu mesma estava me propondo.

E aqui, neste ponto da história, eu volto para a pergunta que abriu esse texto: “Sabe quando você quer muito se livrar de certos padrões de pensamento, de comportamento, de relacionamentos, mas não consegue?”. Eu me vi estagnada nesse ponto: a psicoterapia me ajudava a reconhecer meus padrões, a entendê-los e encontrar caminhos para superá-los, mas eu simplesmente não era capaz de me livrar deles de uma vez por todas.


Conhecendo o Rolfing

Então, mais uma vez, num grande gesto de generosidade da Vida, eu conheci o Rolfing: enquanto o estúdio não ficava pronto, eu resolvi voltar a estudar. Estava procurando por algum curso em que pudesse me aprofundar nos conhecimentos relacionados à integração corpo & mente e, quando eu li sobre o Rolfing, de alguma forma eu soube que tinha encontrado não apenas o curso que eu queria, mas algo muito mais intenso e profundo. Mergulhei de cabeça, sem ter ideia do tamanho da jornada que viria pela frente...

Um dos requisitos para fazer o treinamento em Rolfing é passar pela série de 10 sessões. Eu, que nunca tinha ouvido falar de Rolfing antes, entrei em contato com uma rolfista no Brasil, viajei para lá, e comecei a série, sem ter muita ideia de como seria. Foi um marco, um ponto de virada que eu realmente não estava esperando.

Lembra dos desafios que eu estava enfrentando antes do Rolfing? Falta de autoconfiança diante dos desafios, insegurança crônica, lutas contra o sentimento de não ser capaz...

Logo nas 1as sessões, a rolfista chamou a atenção para o fato de eu ter as pernas muito fechadas e o passo muito apertado. Em outras palavras: eu tinha muito pouca qualidade de suporte vindo dos pés e pernas. Mais para frente, lendo o livro da Dra. Ida Rolf, fiquei impressionada quando ela diz:

 

“Inúmeros 'Johnnies' já se sentiram inseguros por serem inseguros (...). Pois quando suas duas pernas não estão adequadamente sob seu corpo, você é inseguro, e agirá como tal e se sentirá como tal”.

 

Bingo! A partir dessa constatação, a rolfista começou a trabalhar no sentido de me ajudar a perceber como me faltava suporte vindo das pernas e pés. Ao final da série, minhas pernas já estavam mais bem distribuídas debaixo do meu corpo, com melhor capacidade de receber e distribuir o peso do corpo nos dois pés. Meu passo já estava mais aberto, minha caminhada mais confiante.

O resultado? Eu, como um todo, já não me sentia mais insegura como antes. A partir de um melhor suporte das pernas, o Rolfing me ensinou também uma nova forma de me relacionar com o espaço ao meu redor: não como se ele fosse ameaça, e eu precisasse me retrair para estar segura e protegida (hoje, vejo o quanto aquela retração física acabou se expressando em depressão emocional), mas como o que ele de fato é: um espaço aberto que eu, assim como todas as outras pessoas, tenho licença e liberdade para ocupar.

Essa mudança de perspectiva - da forma como eu sentia e me percebia no meu próprio corpo, de como eu ocupava o espaço ao meu redor, e a relação disso tudo com as minhas emoções e a com a forma como eu entendia a mim mesma: essa mudança de perspectiva foi uma jornada tão intensa e profunda, que sinto me faltarem palavras para expressá-la.

Mas a prova de que tudo isso é real é: assim que voltei do Brasil, estava segura e confiante para começar uma nova etapa na minha vida: fundar e empreender um negócio, me reinventar, começar uma nova carreira completamente nova. Claro, estar diante do desconhecido sempre dá um friozinho na barriga, mas, agora, esse friozinho não me paralisa mais, ao contrário: me impulsiona.



Prática de meditação na sala do Studio Yogares
Prática de meditação na sala do Studio Yogares

 
 
 

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Como terapeuta de terapia ocupacional, estou sujeito à lei de reclamações GAT-Wkkgz e à lei disciplinar GAT da Autoridade de Disputas entre Terapeutas Alternativos (GAT). Para mais informações sobre meu procedimento de reclamações, consulte: gatgeschillen.nl.

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